Recife – Eliete Lopes, Elaine Maria e Neide Rosa, mulheres que vivem em Gaibu, município localizado na Mata Sul de Pernambuco, possuíam um sentimento em comum: o desejo de empreender. As três mulheres já plantavam nas suas casas e, de início, não comercializavam os seus produtos. Elas, que trocavam conhecimentos, histórias e, principalmente, mudas, enxergaram nessas ações uma possibilidade e, ao mesmo tempo, o novo desafio de criar o projeto Quintais Produtivos. Apoiado pela Associação Geral da Reserva do Paiva, pelo Instituto de Assessoria de Desenvolvimento Humano (IADH) e pelo Sebrae em Pernambuco, o Quintais Produtivos tem como objetivo a integração da população com o território, estimulando não somente a preservação ambiental, mas a qualidade de vida das pessoas. As mulheres que trabalham no projeto disponibilizam seus quintais para o plantio, promovem encontros entre as produtoras para troca de informações, além da comercialização das delícias produzidas a partir do cultivo da terra.
Por Isabela Sales/Da Agência Sebrae de Notícias
Segundo as produtoras, o Sebrae colaborou durante todo processo de produção e comercialização, com orientações, palestras e ensinamentos. “Agora, temos conhecimento técnico e hoje estamos empreendendo cada vez mais, tudo orgânico, sem agrotóxicos, cada uma plantando um pouco. E com o projeto, estamos recebendo muitas encomendas”, afirmou uma das participantes do Projeto Quintais Produtivos.
Para as produtoras, o Movimento Compre do Pequeno Negócio é fundamental e pode mudar, ainda mais, a vida de cada uma delas. “Eu acho que foi uma ideia maravilhosa, porque vai incentivar os pequenos produtores a produzir e vender mais, e até a sermos mais conhecidos pelos nossos produtos, no nosso próprio bairro, na nossa própria comunidade. Com o surgimento do Porto de Suape, tudo passou a ser comercializado por meio das grandes empresas e, com essa iniciativa do Sebrae, acreditamos que a situação volte a ser como antigamente, que as pessoas voltem a procurar os pequenos negócios da região”, destacou Elaine Maria.
A produtora Neide Rosa acrescentou: “Com essa iniciativa, a nossa moeda vai estar circulando cada vez mais, movendo a economia local, fazendo com que o dinheiro fique dentro do nosso entorno e com que as pessoas consumam um produto de qualidade, orgânico e sem agrotóxicos”, disse.
Quando questionadas sobre o futuro, as três produtoras destacaram o desejo da criação de um ponto físico, já que os seus produtos ainda são comercializados em feiras. Além disso, elas anseiam por estabilidade para o futuro e, consequentemente, uma melhoria na qualidade de vida não apenas delas, como também dos seus clientes, que poderão se alimentar de uma forma mais saudável e orgânica, segundo as empreendedoras.