Dois atletas refugiados integram uma equipe inédita também nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro. O anúncio foi feito ontem (26) pelo Comitê Paralímpico Internacional (IPC) e saudado pela Agência da ONU para Refugiados (ACNUR).
Para a Agência, esta participação é um exemplo do que pode ser conquistado quando pessoas refugiadas e solicitantes de refúgio com deficiência têm a oportunidade de seguir seus sonhos. Embora todas as pessoas forçadas a deslocamentos enfrentem inúmeros desafios, as deficientes muitas vezes participam menos em processos decisórios, enfrentam inúmeros obstáculos no acesso à assistência e, portanto, correm o risco de não conseguir atendimento às necessidades básicas de proteção.
“A Equipe de Atletas Paralímpicos Independentes é um símbolo da força e determinação para todas as pessoas refugiadas com deficiência na superação de desafios. Elas nos inspiram e estamos ansiosos para torcer por elas. Incluir uma equipe de refugiados nos Jogos Paralímpicos também envia uma forte mensagem de apoio a todos os refugiados e solicitantes de refúgio com deficiência em todo o mundo, e o ACNUR elogia o IPC para esta iniciativa”, disse o Alto Comissário da ONU para Refugiados, Filippo Grandi.
Integram a equipe Ibrahim al Hussein, da Síria, que vai nadar nos 50 e 100 metros nado livre, e Shahrad Nasajpour, do Irã, que irá competir no lançamento de disco. A iniciativa segue os passos da amplamente celebrada Equipe Olímpica de Atletas Refugiados, participante dos Jogos Olímpicos. Em todo o mundo, mais de 65 milhões de pessoas são refugiadas.