O aniversário do Rio de Janeiro não ficou sem bolo e parabéns. Com direito a duas bandas e a presença da corte carnavalesca da cidade, o prefeito Eduardo Paes cortou um bolo de oito toneladas e 450 metros, distribuindo pedaços a quem estava na Rua da Carioca, no centro, um dos locais escolhidos para comemoração.
Vinícius Lisboa – Repórter da Agência Brasil*
A festa ocorre todo ano, mas, conforme o prefeito, foi especial em 2015 para comemorar a data redonda.
Eduardo Paes deu a primeira fatia do bolo ao governador do Estado do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, que retribuiu entregando a segunda ao chefe do Executivo municipal. O arcebispo Dom Orani Tempesta também participou da festa. Ele levou a imagem peregrina de São Sebastião, padroeiro da cidade.
“O Rio passou muito tempo olhando para trás e com crise de identidade. Agora, é uma cidade que tem capacidade de olhar para frente. Acho que a cidade vai mudar de patamar”, disse o prefeito, se referindo-se aos Jogos Olímpicos de 2016.
Depois das autoridades, o bolo foi distribuído à população, que lotou a Rua da Carioca, conhecida pelos sobrados históricos e estabelecimentos comerciais que já fazem parte da cultura da cidade, como o Bar Luiz e a loja de instrumentos musicais Guitarra de Prata.
“Moro aqui há 43 anos. Nasci em Fortaleza, mas vim para cá muito nova e não passa pela minha cabeça voltar. Sou amante do Rio. Amo de coração. Sou carioca”, disse a aposentada Luz Alice, que só visitou sua cidade natal uma vez desde que se mudou para a capital fluminense.
Natural de João Pessoa, Vilma de Lourdes está na cidade há 29 anos. Ela informou que o pai era caminhoneiro e vinha com frequência ao Rio, o que aumentou a curiosidade e a fez sonhar com o dia em que ela própria conheceria a capital. Quando isto ocorreu, não voltou mais: “Vim e amo de paixão. Sou muito feliz aqui”.
O enfermeiro Indenburgo Nunes também garantiu um pedaço do bolo. E não foi a primeira vez que. “Há 50 anos, fui ao Maracanã comer o bolo de 400 anos. Hoje, estou aqui para comer o de 450 anos”, conta orgulhoso.
*Colaborou Nanna Pôssa, Repórter do Radiojornalismo/EBC