Muito orgulho do Brasil e dos brasileiros refletidos nas imagens de nossos atletas paralímpicos que desembarcaram no Canadá para os Jogos Pan-Americanos de Toronto 2015, o ParaPan. Em dois dias de competições, esses homens e mulheres, oriundos das diferentes regiões do país, conquistaram o pódio e medalhas que colocam o Brasil na dianteira dessa competição que reúne os países das Américas. Muito orgulho de termos em Toronto a maior delegação do evento, composta por 272 atletas e 19 apoiadores (atletas-guia, calheiros e pilotos) com o objetivo de repetir o primeiro lugar do quadro de medalhas das duas últimas edições dos Jogos ParaPan-Americanos, a do Rio, em 2007, e a de Guadalajara, no México, em 2011. O apoio do Ministério do Esporte é decisivo para que nossos atletas conquistem o pódio, tenham disposição e suporte financeiro para treinar e lutar contra todas as adversidades que lhes foram impostas em suas trajetórias individuais e coletivas, desde a mobilidade urbana ao preconceito que tiveram que driblar para chegar onde chegaram. São vencedores, mesmo que não conquistassem medalhas, mas pelo exemplo de dedicação aos sonhos que os tornam gigantes.
Os Jogos ParaPan-Americanos e os Jogos Paralímpicos Rio 2016 mais que as Olimpíadas Rio 2016 se revestem de grande importância pela força da inclusão, o respeito às diferenças e a luta desses brasileiros e brasileiras que vencem uma verdadeira corrida de obstáculos. Exemplos que nos lembram que não se pode desistir nunca. Se perdeu um pé, corra com uma prótese, se perdeu outro membro do corpo, lute para que os demais respondam aos movimentos. É esse Brasil inclusivo, de respeito pelo outro, pelas diferenças que pode fazer de fato – e faz – a diferença. Um Brasil do qual devemos nos orgulhar, pelo exemplo e pelas políticas inclusivas dos últimos 12 anos que trouxeram alento para aqueles que estavam condenados à exclusão, principalmente os que viviam abaixo da linha de pobreza por séculos e que dela saíram no maior feito da história recente do Brasil. Ainda falta muito, mas a redução drástica dos que morrem de fome é motivo de orgulho, as políticas inclusivas nos mostram que é respeitando as diferenças que estamos mais próximos daquilo que se chama de civilização em oposição à barbárie que a nau dos insensatos busca causar turbulência.
É esse Brasil bonito, de corredores cegos vencendo seus próprios desafios, times de cadeirantes nas quadras, usuários de próteses nas arenas de Toronto que mostra o quanto é possível sonhar e o quanto é indispensável não desistir. O vídeo assinado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CBP), que inclui imagens da cerimônia de abertura dos Jogos ParaPan-Americanos de Toronto 2015, é uma aula de contagiante alegria de que é preciso sonhar. Conquistar, vencer os desafios e ser feliz, ter orgulho do Brasil e dos brasileiros. Bela lição de vida! Comovente lição de vida!