Por Mariana Guimarães*
Imagine um universo de mercado composto de dois tipos de oceanos – oceanos vermelhos e oceanos azuis. Os oceanos vermelhos representam todos os setores hoje existentes, é o espaço de mercado conhecido. Já os oceanos azuis abrangem todos os setores não existentes hoje, seria o espaço de mercado desconhecido. Essa é a grande indagação e o pensamento que devem nortear as ações das pessoas e das pessoas que trabalham nesse nosso tão competitivo mercado.
Nos oceanos vermelhos, as fronteiras setoriais são definidas e aceitas, e as regras competitivas do jogo são conhecidas, onde busca maior fatia da demanda existente. Os oceanos azuis, em contraste, se caracterizam por espaços de mercado inexplorados, pela criação de demanda e pelo crescimento altamente lucrativo. Nos oceanos azuis a competição é irrelevante, pois as regras do jogo ainda não estão definidas.
Grande parte dos oceanos azuis ainda não foi mapeada. O foco predominante das estratégias empresariais ainda se concentra nos oceanos vermelhos de competição acirrada. O resultado é que o desenvolvimento do conhecimento se torna muito bom em relação a como competir com habilidade em águas turbulentas, escolher uma posição estratégica de baixo custo, diferenciação ou no foco, e comparar-se de maneira continua e sistemática com os concorrentes. Não há novidade ou risco nas águas do Oceano vermelho. O empreendedor cria um embate direto com seu concorrente, oferecendo a mesma abordagem com uma proposta ou outra diferente.
MAS E SE OBSERVÁSSEMOS NOSSO CONCORRENTE POR UM OUTRO CENÁRIO?
Já se comenta sobre oceanos azuis. No entanto, conta-se com pouca orientação prática sobre como criá-los. Sem modelos analíticos para desbravar oceanos azuis e sem princípios sólidos sobre como gerenciar o risco de maneira eficaz, a criação de oceanos azuis continua sendo algo muito distante para a maioria das corporações, vista como arriscada demais para ser perseguida como estratégia.
Para tornar mais palpável a realização desta tática de planejamento empresarial, a Elsevier publicou uma edição ampliada, da obra A Estratégia do Oceano Azul. Nesta nova edição os autores apresentam uma maneira de pensar sobre estratégia buscando um crescimento sustentável e lucrativo, com a criação de novos espaços (Oceano Azul) e separação da concorrência, que é entendida como um sangrento oceano vermelho de rivais. Em A Estratégia do Oceano Azul – Edição Estendida, 2a Edição, as abordagens e táticas foram reformuladas em relação à edição anterior, para se adequar ao mercado atual, mas as palavras de ordem se mantém as mesmas: “Não concorra com os rivais — torne-os irrelevantes”.
Com base em estudo de 150 movimentos estratégicos, os autores mostram que ao criar novos nichos de mercado e fazendo da concorrência um fator irrelevante, as empresas encontram um outro caminho para o crescimento. Esta é uma obra que apresenta uma abordagem sistemática para tornar a concorrência insignificante e descreve princípios e ferramentas que qualquer organização poderá usar para criar e capturar os seus próprios “Oceanos Azuis”.
*Artigo originalmente publicado pelo blog da Editora Elsevier.
VOCÊ SABE O QUE É “OCEANO AZUL”?. É BOM SABER.
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